IPCA-15: prévia da inflação de dezembro desacelera

Resultado ficou em 0,34%, abaixo das estimativas do “mercado” que aposta em mais aumento dos juros

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, registrou alta de 0,34% nos preços em dezembro. Divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira (27), a grande pressão dos preços coletados de 13 de novembro a 12 de dezembro veio dos alimentos, com alta de 1,47%.

O resultado do IPCA-15 de dezembro mostra uma desaceleração em relação a novembro (0,62%), assim como o resultado foi menor do que o mês de dezembro de 2023 (0,40%).

O resultado do IPCA-15 veio abaixo das estimativas do “mercado” que pressionam por mais aumentos na taxa de juros e dizem que o alívio nos preços na energia elétrica – com recuo de -5,72% após a bandeira verde – não modifica a torcida por mais juros de escorcha.

De acordo com o Banco Central, após o aumento de 1 ponto na taxa Selic na última reunião do Comitê de Política Monetária, em 11 de dezembro, estão previstos mais dois pontos percentuais na duas próximas reuniões, elevando o juro básico – hoje em 12,25%, para além de 14%.

ALIMENTAÇÃO

Os preços do grupo Alimentação e Bebidas tiveram impacto de 0,32 ponto percentual sobre o IPCA-15. A alimentação em domicílio ficou 1,56% mais cara, pressionada pelo preço do óleo de soja (+9,21%) e das carnes: alcatra (+9,02%), contrafilé (+8,33%) e carne de porco (+8,14%).

A alimentação fora do domicílio teve alta de 1,23%, com efeito dos preços da refeição fora de casa (+1,34%) e do lanche (+1,26%), respectivamente.

Despesas pessoais foi outro item do IPCA que registrou alta importante em dezembro, de 1,36%. Além disso, Transportes subiu 0,46%, puxado pelo aumento de 4,43% nos preços das passagens aéreas, do etanol (+0,80%) e do óleo diesel (+0,41%).

Em contrapartida, o grupo Habitação teve queda de de 1,32% nos preços, com um impacto negativo de 0,20 p.p. no IPCA-15. A redução veio principalmente da energia elétrica residencial, que recuou 5,72% no mês, com o retorno da bandeira tarifária verde nos meses de chuva.

Alimentação e bebidas: 1,47%;

Habitação: -1,32%;

Artigos de residência: -0,52%;

Vestuário: 0,34%;

Transportes: 0,46%;

Saúde e cuidados pessoais: -0,05%;

Despesas pessoais: 1,36%;

Educação: 0,00%;

Comunicação: 0,08%.

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